Lembro-me que há algum tempo comparei a empresa Prefeitura Municipal ao reality show Big Brother com suas panelinhas criadas por afinidade, pelo líder e etc. (lembre aqui). Porém ao lembrar a saga Harry Potter, na qual sou carinhosamente chamado por alguns leitores, hoje percebo a metáfora utilizada no capítulo/cena que o jovem bruxo se vê dentro de um jogo de Xadrez, na qual todos eram peças fundamentais para se chegar ao objetivo desejado.
Dessa forma, podemos perceber que todos fazem parte de um enorme e incansável jogo de Xadrez, na qual cada ação nossa ou de outro jogador pode mudar o rumo de toda a partida.
Como na brincadeira (se é que podemos chamar assim), cada qual mantém no seu devido quadrado, obedecendo a Lei dos mais fracos na qual, quem dá a cara para bater são os piões que tem a função de proteger os reis, rainhas, bispos e etc.
Assim como na vida real, todos os temos o direito de avançar (na verdade isso é um dever!), seguir em frente, no entanto, quando começamos a avançar mais que outras peças, acabando com nossos medos, às vezes em duelos com bispos, rainhas e reis ou ainda escalando torres gigantes, as demais peças (adversárias ou não) sentem-se ameaçadas de acabar o jogo na mesma posição e tentam avançar a qualquer custo, sem perceber que para isso sacrificará amigos e pessoas que poderiam ser úteis mais a frente.
Na partida, nos dividimos em brancos e pretos (que coisa racista não? Poderia ser Amarelos e Vermelhos, azuis e verdes ou qualquer outra cor.) cujo objetivo é dar o Xeque-mate em terreno inimigo. No nosso meio, o objetivo por mais errado que seja é o de se mostrar para o inimigo ou para a sociedade. Mostrar o quanto podemos ser fortes e poderosos, mostrar nossas conquistas e por aí vai.
Por mais difícil que possa parecer, sempre damos um jeitinho e conseguimos o nosso Xeque-mate, mas e aí? Comemoramos uma falsa felicidade instantânea que em questão de minutos é tomada pela vontade de algo maior e como num campeonato subimos um nível e vamos novamente à luta.
E então chegamos à pergunta clímax: O que devemos fazer?
Oras! É simples! TODOS devemos avançar cada um na sua vez, em seu quadrado, sem deixar que piões se sintam reis ou rainhas. Avançar olhando para os lados com a intenção de não ferir ou até mesmo proteger alguém e quando estiver próximo do xeque-mate, olhar para trás e estender a mão e ajudar aqueles que lhe ajudaram não te atrapalharam, lhe apoiaram e te empurraram para que você chegasse lá e protegesse sua rainha ou rei, que para cada um de nós tem um significado.
Boa semana